Com a Primavera chegou uma maior diversidade de alimentos, principalmente, de produtos hortofrutícolas. O consumo deste vasto grupo de alimentos é amplamente incentivado pelos profissionais de saúde, pelas suas propriedades nutricionais. Especialmente, pelo seu conteúdo em vitaminas e minerais, antioxidantes, polifenóis, fibras, água e baixo valor calórico.
Contudo, é fundamental distinguir os vegetais das frutas!
Hoje vamo-nos centrar na análise dos "prós e contras" do consumo de fruta: Em termos nutricionais as frutas frescas são ricas em água (70-95%), açúcares simples (5-25%), fibras (1-3%), vitaminas A, C e E, carotenos, cálcio, potássio e magnésio. São, também, importantes fontes de energia fornecendo de 100 a 200 kcal por porção. Assim, recomenda-se o consumo de 2 a 3 porções de fruta diárias, dependendo do género (homem, mulher), da idade e do nível de actividade física.
- Os sumos de fruta, mesmo 100%, abdicam da fibra e dos minerais que se encontram junto a esta, aproveitando o sumo que não é mais que água, açúcar e alguns micronutrientes;
- Já os batidos que podem ser feitos com a fruta inteira têm a desvantagem de que a exposição à luz e o processo mecânico de trituração destroem grande parte das vitaminas;
- Quando confeccionada a fruta perde também as sua propriedades nutricionais, pois o calor elimina os antioxidantes como a vitamina C;
- Por sua vez, a fruta associada a açúcar (sobremesa, geleias, doces, em conserva) não confere vantagem para a saúde pelo seu elevado teor calórico;
- Destaca-se que ao ser sujeita a processos mecânicos (ex. secagem, desidratação, iofilização) a fruta perde grande quantidade de água e com esta são arrastadas vitaminas e sais minerais;
- Por último, é importante saber que quanto mais triturada, passada, cozinhada ou dissolvida estiver a fruta maior é a destruição dos micronutrientes e maior é a capacidade de absorção dos açúcares pelo organismo. Este facto deve-se à disponibilidade dos açúcares simples (ex. glicose, sacarose, frutose), que não necessitam de digestão, limitando-se a serem absorvidos ao longo do tubo digestivo; em termos práticos, a fruta induz menor saciedade imediata e mais rápida sensação de fome.

Posto isto, adverte-se que as frutas são importantes fontes de vitaminas e minerais mas, também, de calorias à custa do açúcar simples. Assim, a vantagem não está em consumir elevadas quantidades de um só fruto, mas sim, em respeitar a dose diária recomendada, variando o mais possível. Para saber mais sobre as propriedade nutricionais das frutas poderá consultar o sítio do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (http://www.insa.pt) através da aplicação “alimentos on-line”.
Conhecer a dose ou porção de cada fruta é essencial, eis alguns exemplos:
1 Porção corresponde a...
- 1 maçã/ pêra/ laranja/ pêssego/ romã médios;
- 2 clementinas/ kiwis/ ameixas;
- 4 alperces/ damascos;
- 6 nêsperas;
- 1 taça almoçadeira de cerejas (±12 unidades), morangos (±8 unidades grandes) e uvas (±10 unidades);
- ½ meloa/ banana/ papaia/ mamão/ manga/ anona/ marmelo;
- 1 fatia média de melão e melancia (= taça almoçadeira);
- 3 figos médios;
- 1 rodela de ananás/ abacaxi (altura de 1 dedo indicador);
- 1 salada de frutas de 100gramas;
- 1 copo de sumo natural de 200ml
Em caso de dúvida deve consultar o seu médico, nutricionista ou dietista.
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